" PALAVRAS... PALAVRAS... PALAVRAS..."

" PALAVRAS... PALAVRAS... PALAVRAS..."

Desafiadoras,velozes e intrépidas

Rodopiam pelo fulgurante salão

A meiga brisa da aurora sopra-lhes a candidez da valsa

O atrevido orvalho bafeza-lhe a latência do samba

E indecisas ensaiam elas improvisados passos de tango...

Ansiosas pressionam violentamente o seu catre

E tal como um gêiser o mar azul explode na alva página!

Perdidas,nauseadas e claudicantes clamam por socorro!

E mais uma vez tolhidas se desesperam...

E o funéreo mando se concretiza

Trinta linhas!

Aprisionadas em seu nascedouro!

Morrem insepultas!

Esperando a colheita

De sua redentora

A poesia!