O CICLO DA VIDA E O PODER DA CRIAÇÃO

A vida avança, na velocidade do tempo, minha visão se perde, as imagens que passam em profusão na tela de meu ser pensante, os ponteiros dos relógios conta as horas e nós de minutos em minutos sempre esperamos por algo, inquietos à demora cultivando impaciente.

A onda na maré se desfaz, o vento que passa realça, os cabelos esvoaças, só sentimos os movimentos, fora do abrigo ou no relento, as andorinhas voam, o gavião destemido a caça, extingue a vida em completo sofrimento.

Outrora era um botão em flora, uma beleza rara, agora uma flor que murcha, a chuva que vai aos poucos, derramando como pranto, em pingos ralos acalanto, que desaba como ducha, anestesiando a dor, malhando em forte ação a deixando morta ao chão sem beleza, sem cor.

Mas as ondas a maré se desfaz, fixa em nossa retina uma fotografia, nossa mente grava e cria lembranças de alegria de coisas que não se desfaz, o mar tão grande e majestoso recebe os rios e ribeirão, volumes de águas que não transbordam, profundezas imensurável que afoga corações.

Mas a vida avança com na velocidade do tempo, a pétala perecida, jogada ao solo sem vida, mas deixa um resquício existente, algo que se recicla, conforme a germinação, em seu lugar a semente, logo uma árvore frondosa crescida, benéficas sombras nos doa, para nossa acomodação

Mas onda a maré se desfaz, a ave de rapina devora a mais pequenina, mas deixa ela nos rochedos, crescidos emplumados filhotes, prontos a alçar voo, e deslizar na imensidão, tudo isso com certeza aos cuidados e muito zelo do nosso pai da criação.

Antonio Herrero Portilho.