DA COVA DOS LEÕES AO CRISTAL QUEBRADO
Assim como são as pessoas são as criaturas
Bradou uma voz que ecoou ao longe
Desceu às profundezas da vaidade humana sem deixar resquícios
Por não pouco, burlam os ofícios e passam a ditar regras
Na cova impiedosa, os leões dilaceram a carne exposta
A poesia, arte pura da alma humana, rica se faz
Quando o sentimento eternizado significa amor
Quão bela seria a vida, apagando-se as fogueiras das fatuidades
O vidro quando trinca não pode ser colado
Mesmo tentado, fica a cicatriz como estigma
A poesia, arte pura da alma humana, aporta-se como lenitivo de paz
No horizonte do tempo, repercutem os versos
Clamados pelo vento do ser_ ser gente humana
De coração aberto e puro
Ser criança que brinca, que fala a verdade
Assim como são as pessoas são as criaturas
Que então, sejam, criaturas felizes e vivam em paz