SOU POETA, SÓ POETA
José Ribeiro de Oliveira
Sou poeta, só poeta
Sei somente o que os outros
Não preferem nem saber
O que vejo não é útil
Pois muitos nem querem ver
As coisas que me alimentam
Mata qualquer um de fome
E só poeta não morre
Ora, poeta nem come
Deus assim fez o poeta
De imaginação fecunda
Pra com Ele competir
E o que Ele não fez, se funda
Poeta não tem limite
A poesia é assim
O sol nasce na madrugada
Só para encontrar a lua
Roubo os anéis de saturno
Pra agradar a alma tua
Te dou o céu e a terra
As estrelas mais bonitas
Faço chover no caminho
Chuva de flores, meu bem
E depois um sol radiante
Virá queimar teu semblante
Te juro que por um instante
O paraíso te dou também
Se for ainda preciso
Voaremos pelos céus
Entre nuvens de flores
Cheirosas com muitas cores
Somente pra te provar
O meu amor infinito
E Deus ouvirá meu grito
Quando disser te amo
E todo o amor do mundo
Eu te prometo, por fim
Sou poeta, só poeta
Tudo é possível pra mim.