Silêncio
Se não há banda
Porque insiste soar esta canção?
Se não há culpa
Porque temo a condenação?
Não reconheço este no espelho
Tudo que tenho são restos de dia
Pintados de azul e vermelho
Sangro lágrimas em cada corte
Num lugar entre a vida e a morte
Confluem-se o real e o sonho
Minha cova e manjedoura
É esta cama onde me ponho
E vejo que é apenas meu
O que outrora achava estranho