"APÓSTROFE ATREVIDA AO DEUS EMBUÇADO"

Vou no rastro de meus passos

pela relva, onde caminha a víbora silvestre.

não vou além de um palmo,

a montenha que se arraste!

Minh'alma voa e consome a aveia da vida.

No jardim do Eden meu céu termina.

_Afasta de nós esse cálice, pedimos ao Deus-vocábulo

e ele vela, galera, esfinge, lastro do ôco,

em sombra se desgasta, alfombra, estrelas cadentes!

Puro sono de ossatura lanhada. Dor impossível!

Que sol nos enregelou o peito!

Qual intento nos deu a infertilidade do tempo!

Que pensamentos retiramos do vento

para os fatigados corações?

Mitigamos a nossa sede com as lágrimas,

enquanto o desatento céu nos leva

às cinzas do amanhã.

Eu sou o campeão do nada,

e suplico doente de amor!

permiano colodi
Enviado por permiano colodi em 12/05/2011
Código do texto: T2965470