"APÓSTROFE ATREVIDA AO DEUS EMBUÇADO"
Vou no rastro de meus passos
pela relva, onde caminha a víbora silvestre.
não vou além de um palmo,
a montenha que se arraste!
Minh'alma voa e consome a aveia da vida.
No jardim do Eden meu céu termina.
_Afasta de nós esse cálice, pedimos ao Deus-vocábulo
e ele vela, galera, esfinge, lastro do ôco,
em sombra se desgasta, alfombra, estrelas cadentes!
Puro sono de ossatura lanhada. Dor impossível!
Que sol nos enregelou o peito!
Qual intento nos deu a infertilidade do tempo!
Que pensamentos retiramos do vento
para os fatigados corações?
Mitigamos a nossa sede com as lágrimas,
enquanto o desatento céu nos leva
às cinzas do amanhã.
Eu sou o campeão do nada,
e suplico doente de amor!