DILMA PRESIDENTE ou QUEM SABE UMA ESPERANÇA?

Começou o vento sudoeste

O beijo que nunca me deste

Hoje nem fede nem cheira

Transformando-se em poeira

E prenúncio de tempestade

Que deve cair mais tarde

Alagando toda a minha rua

Onde te via passar linda e nua

Depois das duas da madrugada

Escondendo a luz da alvorada

As folhas se espalhando pelo chão

Sufocam o grito do meu coração

Cansado de muito apanhar

Com sede de te namorar

E fechar um curto-circuito

Para dar choque em meu peito

Que desde que machuquei o joelho

Desisti de comer repolho

Preferindo bife com batata frita

Alento de minha alma aflita

Com o vento a manhã escureceu

Calcei chinelo de sola de pneu

Eu que tentei num triste dia

Me casar com a Rosa Maria

Irmã de uma tal de Judite

Que morreu de apendicite

Em cima de uma bicicleta

No final de uma rua deserta

Provocando intenso terremoto

Que deixou três feridos e um morto

Nessa noite que se fez na manhã

Peguei gripe e febre tersã

Comi o pinguim da geladeira

Pensando ser bananeira

Pus roupa pra secar no varal

Tomei um comprimido de sonrisal

Para acabar com a azia

E trazer de volta a alegria

Que se havia perdido na noite

Dentro de um escuro pacote

Cai a chuva finalmente

Bem dentro da alma da gente

Que enfim encontrou a cura

Para a picada de tanajura

E também da dor de dente

De imaginar a Dilma presidente

Com o Zé Dirceu de ministro

Poderá haver algo mais sinistro

Pesadelo dos mais medonhos

O funeral de todos os meus sonhos.

- por JL Semeador, em 15/09/2010 -

jlsantos
Enviado por jlsantos em 15/09/2010
Reeditado em 16/01/2011
Código do texto: T2500484