Dance!

Dance!

Cante!

Cante e dance o que sente,

Pelo momento de desalento,

Sendo suave ou surreal.

Veja o tango do amor,

Seja o apego,

Cantando desapego,

Escute!

Escute o canto de todos os pássaros,

Que cantam o amor no ápice do dissabor.

Sinta os passos do samba que corre ao som do pandeiro,

Seja derradeiro como o desejo desse sonho de realejo.

Cante e dance o que não se pode,

Seja falso ou real,

Ilusão surreal,

Mostre teus passos de dança,

Nessa nossa vida que canta amor e todo seu sabor,

Me mostre o sonho do sapateado de um louco que dança debaixo da chuva.

No rodopio do bailarino que esconde sua dor em um sorriso amarelo,

Junto com amores e dissabores que se curam diante de uma plateia apaixonada,

Que esta cada vez mais apaixonada pelo negro nu de nossa contemporaneidade.

No estalo das solas de madeira que fazem balançar os braços como as contas de seu colar,

Se fazem sonhos, saídos de irrealidades anatômicas de um calcanhar bem colocado.

Grite por amor no meio de uma ópera inacabada pelo mestre de máscara,

Que dança no melhor estilo da sanfona sertaneja,

‘Inda mais quando tudo se torna sombra no meio do palco,

Com sua única e cálida luz acesa no centro do holofote brando,

Aparecendo repentinamente e repetidamente, pra ser gravado dentro de nossas mentes brancas pela paz do passo bruto do dançarino.

Cante e seja música, dor, aflição ou poesia.

Que sejam tudo e nada, no descompasso do salto mortal do cavalo-marinho.

E ofegantes somos, dançarinos, músicos e poetas do corpo!

Enquanto nossa plateia sorri apaixonada, relembrando de passadas bem dadas pelo pé descalço em nossa própria historia.

Que tudo aquilo que ninguém entende, se transforme em nossos pacientes ausentes nessa oficina de dança sem professor.

Nessa aula dada no ritmo do canto brasileiro sem voz, ao som do bom e velho batuque de tambores amados,

Que nos remetem a prosas que nos causam tanto amor no abraço do beijo acalentado pela ama da dança nova.

E o amor se faz presente, no compasso dos passos ritmados pela sua voz estridente que alcança o horizonte musical da nova geração.

Ainda mais, justo agora que sobram tão poucos, o amor não vai deixar a musica acabar.

Não vai deixar a poesia terminar,

Muito menos a dança parar.

Minari
Enviado por Minari em 23/08/2010
Reeditado em 10/03/2023
Código do texto: T2454362
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