No Mistério do Sem - fim, eu...
Sou momento errado no calendário
Duma ampulheta desgovernada.
Equilibro-me na hipotenusa enviesada
De um Pitta-que-agora-jaz
No Inferno de um Dante imaginário
Do teu triângulo retângulo, o cateto
Adjacente do tempo não tem paz
E de tanto obsoleto
Perdeu-se na minha invernada
Submirjo ante a hipocrisia
Dormente e que não cala segredo
Não fim do arco-íris, sem magia
Um pote de pirita avaliza medo
Há um pouco de mim
No mistério do sem-fim
No fim do mistério,
Não sou eu a Candidata ao Ministério
O Gato de Alice sorri enigmático
Não sendo Rainha de Copas
Deixo-o com seu fadário...
_Van Gogh, um Chopin da Brahms, topas?