Tempo
Tempo
Sou o que sou,
Nunca deixei de ser o passado que sou do futuro agora,
Não tenho tempo pra dizer quanto tempo o tempo tem,
Mas no compasso do relógio eu te digo quantas horas tem,
No dia ou à noite nessa tarde ou madrugada,
Faço do dia uma noite completa,
Só vão faltar as estrelas e o luar,
Mas o sol da meia noite ainda vai me acompanhar,
Sentindo o tempo passar,
Quando a menina andar e sua saia se levantar.
Você é pra mim,
O que eu sou pra você,
Nesse tempo disforme onde tudo entra nos conformes,
Faz-se da paixão, papel cartão,
Do amor, papel de pão.
E o tempo, ficou parado, estático, pela primeira vez depois da semana passada,
Quando se perdeu na sua própria noitada.
Até que foi quando percebeu que o tempo deixou o tempo passar,
E justo ele acabou ficando pra trás.
Desde então olho para o tempo procurando olhar o passado,
Mas o futuro do tempo que me aguarde,
Estarei no meio dele com os ponteiros a me guiar pelo relógio da vida,
Que faz com que eu dure eternamente até o fim dessa vida.
Vou lutar pro tempo parar, correr e depois acelerar,
Pra ver tudo que o tempo trouxe se transformar.
Tempo mano velho, seja meu amigo,
Corra depressa, com passos lerdos,
Chegue na linha de partida,
E só me pare no final.