Botas Metálicas
Ele era criança
Sem amigos.
Ele tinha medo de escuro
E era recoberto de hematomas!
Os pais lhe batiam,
Irmãos espancavam-lhe
E colegas o excluíam.
Cada corte,
Ralado e fratura,
Tornava a criança
Cada vez menos pura.
O sangue que de seu nariz escorria
Fazia-o sentir
Menos amigável
E anti-social.
O fogo um dia queimou-lhe,
A face tornou-se irreconhecível.
Feiúra que trazia repulsa,
Angústia que aumentava sua raiva!
O garoto um dia inocênte,
Tornara-se o homem de botas metálicas
Antes andava na escuridão,
Hoje usa máscaras!
Ninguém mais o queria,
Ele lembrava de cada rosto,
Daqueles que um dia lhe abusaram!
Preparava sua vingança,
As vìtimas tornar-se-iam criança.
Os olhos exprimem pavor,
As pernas tentando fugir
Daquele que um dia eles zombavam>
O medo que eles sentem
Não é comparado
Ao que eles causaram
Os olhos fitados naquelas botas
Botas que os caçaram!
O fim foi lento e agoniante,
A vingança se consumou
Agora dizem ao viajante:
O Diabo retornou!