De Noite
A lua está grande e brilhante ao alto
Meus pés tocam pedras pontudas que me machucam.
Amigos nesta hora não tenho.
Raiva é o único sentimento que tenho,
Mas não paro de correr.
Subir a montanha com pés de porco não é fácil.
Estou ofegante e o frio não sinto.
A presa está distante e a fome me mata aos poucos.
Alcanço o cervo, mato-o!
O sangue tem gosto ruim,
A carne não me satisfaz,
Logo estou atrás de outra vítima.
Amanhece...
Não sei como fui parar na mata,
Estou nu e sujo de sangue.
Avisto ao longe pessoas vindo ao meu encontro,
Corro ao me esconder.
Na noite que logo chega...
Começa tudo de novo!