ESPELHO, ESPELHO, ESPELHO.

PALIDA COR TOCAS ME A FACE

NUM SÚBTO REFLEXO

IMAGEM GRAVADA NO ESPELHO

DE UM CANTO ENTRE QUATRO

SE TEM UMA SECRETA CAIXA

EXPOSTA À REVELAÇÕES...

AOS OLHOS DO PERSONAGEM

CAVALGADOR DE AVENTURAS

SAIBAS TI QUE AO ME GRAVAR

NA MEMÓRIA, JAMAIS

JAMAIS REVELADAS,

LEVAS CONTIGO

À SUA MAJESTADE

A LUZ ENVOLVENTE RELUZ

OS BRILHOS NUM FIXO E PENETRANTE OLHAR,

PENSADOR DO QUE JAZEM IN MEMORIAN

EM SEU EGO

CALADO SEM MOVIMENTO

OUVE ME SEM AO MENOS INDAGAR

UMA RÉPLICA SE QUER.

DÁ CHANCE À REFLEXÕES DA IRA

ROEDORA DO SENTIMENTO PALPÁVEL

À UM CORAÇÃO LATEJANTE

EM SEU PULSAR

EJACULA O VERMELHO ARDENTE

SALIENTA A IMAGEM REFLETIDA

EM SUA LUZ OFUSCADA

INVADIDA PELA TRANSPARÊNCIA QUADRICULADA

DA VENTAROLA ENTRE ABERTA

EM VISÕES OBSCURAS

RETRATO-ME EM REVELAÇÕES...

DESINIBIDO PELA SOLIDÃO

APROPRIA-SE DO ESPAÇO PROFUNDO

REFLETIDO NA VISÃO

OBSERVAS SILENCIOSO

A TUDO

SEM PRECONCEITO

ACEITA DE TODOS

APENAS MUDO.

Waldeque Luiz Rosa
Enviado por Waldeque Luiz Rosa em 27/05/2006
Reeditado em 22/09/2008
Código do texto: T164002
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2006. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.