CITOMEGALOVÍRUS
Hoje acordei muito mal, deprimido,
Com a cabeça doente e o corpo ardendo em fogo, procurei e não Encontrei você, meu amor.
Em minhas artérias correm muito vermelho sangue, cheio de Vírus que devoram meus sonhos, liberta-me deste meu delírio, Que pavor!
Todas as noites acordo nadando num imenso lago azul, Transbordando de pesadelos.
Arranca-me da alma o vulgo sonho meu, que horror!
Acode-me! Larga-me glorioso Orfeu!
Livra-me da dor! Querida...
Tira-me o vírus que retém o líquido frio.
Quero ao menos acordar.
Fugir depressa antes do entardecer.
E com a brisa, espero eu, possa solos tocar.
Querida acho que estou,
Com o Citomegalovírus.
Citomegalovírus.
Campina Grande , 14 de dezembro de 1998.
Marco Antonio Dinoá