O Homem e o Corvo

As luzes do mundo apagaram-se,

E os corvos invadiram as ruas,

Plumas escuras e vestes sepulcrais.

Em meio a escuridão, no outro lado,

Olhos, mãos, pés, lábios e saídas..

 

Sonhos que coloriram as páginas fugaz,

Foram talismãs de poderes mágicos das nações.

Multiplicaram-se os pretos azulados, em inteligentes, interessantes ,fortes e sobrenaturais.

E os homens fortaleceram seus mitos em crenças.

 

Ouve-se um alvoroço, retorno do tempo.

Clama-se por luz, por guerra, por impactos.

Nos postes, nas vias, nas rodovias e becos.

Mãos da noite trouxe a luz dos homens agreste

E de longe se ouve um corvo errante.

 

Nas taças os corvos levantam nova cria,

Sem a lembrança do passado do homem.

Os homens agora não buscam mais a luz,

Só compreender os mistérios dessas luzes

Para eles distantes. Luzes belas e inteligentes.

 

Os olhos abrem-se pesados de sono,

Sono profundo de todos esses anos.

Uma escuridão e uma pesada nuvem

Agora se acende no meio dessa estrada,

A sufocar o ponto, a mudar o sentido.

A simbologia agora está para o lado agressivo.

 

A ave de Apolo paíra no tempo,

A represetação do mal mudou sem lamento,

Não se alimentam da bravura dos homens dispersos,

E sim, se alimentam de seu sono profundo.

 

O homem mudou o caminho, do seu voo imaginário,

Passou a ser guiado pelo vaga-lume.

As luzes da sabedoria apagaram-se quando........

O homem olhou pra trás.