METAMORFOSE





Era um casulo adormecido

Então chegaste, a bailar

Com tua fala, enternecido


Com tua sanha a me despertar


Ali fiquei, sem responder

Parada, sem razões para voar

E tu, volvias teu canto para eu viver

E, então de repente, criei asas pra voar


Oh! Inquietantes momentos

Rompi meu casulo afinal

Por noites, dois tormentos

Voejei qual borboleta, ao teu sinal


E tu dizias: Vem, meu bem

Que te quero demais, sou teu

Eu dancei em tua chama do bem

Queimei as asas e o calor ardeu


E tão pouco tempo passou

De casulo a borboleta, afinal

Na louca metamorfose, tudo findou

Estou lagarteando este mal


Dias de verme, dias de dor

Noites de ânsias, casulo sou

Borboleteando, por teu dissabor

Chama maldita, que me assolou


Por vezes sou pirilampo

Ilumino a noite escura

Por vezes ouço teu canto

Aqui, nesta tumba escura


Contradições tão estranhas

Tu me fizeste viver

Teus olhos, em minhas entranhas
Adormeceram a morrer!

 
INEZTEVES
Enviado por INEZTEVES em 28/05/2008
Reeditado em 07/11/2014
Código do texto: T1008420
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.