MEMÓRIA AFETIVA

Às vezes o meu coração congela

Se tornando um imenso iceberg

Precisando de um novo poema

Que como um machado o quebre

Às vezes o meu coração se acomoda

Se tornando uma duríssima rocha

Precisando de uma nova canção

Que a perfume como uma linda rosa

As vezes meu coração distraído, arde

Queima flamejantes cinzas em chamas

Quando um inquietante poema nasce

Numa madrugada solitária na cama

A poesia é a essência da memória afetiva

Marca, perfura, choca, quebra e queima

Dispara lembranças de momentos da vida

Mesmo a gente recusando, ela insiste e teima

Nos fazendo manifestar sentimentos absurdos

Ternuras escondidas, recordações subentendidas

Escava, desenterra, busca, descobre e encontra

Um despertar poético das memórias afetivas

Jonathas Oliveira
Enviado por Jonathas Oliveira em 09/07/2021
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