GUARDADO NO PEITO
Explode ternura
Neste corpo, neste copo
Em que bebo as argruras
De velhos vinhos
A felicidade se inventa
No céu da boca
No sal da terra
Venho mais sereno
Mesmo sabendo
Dos andores de dores
Chego a tempo
Para dizer meu recado:
Estou somado às emoções
Sou apenas a folha
Desprendida do ramo
Na sequência da queda.
Se fosse pétala
Não sopraria o vento
Não entranharia uma gota
Seria um jacinto murcho.
Se sinto
Sei o que é menos,
É o tempo sabendo
Seus meios usar.
Cio ameno
Vento querendo
Teus seios roçar
Sei-o querendo te olhar!
Seios serenos
Roço teus meios
Me perco em enleios
Prá poder voar.
(Só não voei para as estrêlas porque a mulher me acenou...)
T@CITO/XANADU