DIÁLOGO POÉTICO

“A cor do riso é doida, e o homem tenta repetir-la en sus labios”

ELA: Nunca, na minha alma,

Fora tão grande o meu amor,

fora tão grande o meu suplício...

Mas agora eu te vejo e o meu tempo

da tristeza não existe,

pois o tempo não existe quando eu

contemplo o meu amor.

ELE: Fala no meu rosto, como a brisa

da praia numa tarde de verão, mais

doce que à tarde numa praia, de ilhas

e de quilhas, o teu semblante, quando

falas-me contra o rosto desse país

para onde levas o meu rosto, desse país

que desenhas no meu rosto com

o sopro em febre de tua boca

e o perfume dos vinhos.

ELA: No quarto que preparei para esta noite,

uma janela para o mar da tarde,

as gaivotas sobre o mar da tarde.

ELE: Dorme amada minha, dorme, porque o

amor é mais forte do que o tempo

e menos longo do que um bando de aves!!!

Gosto de imaginar que tais coisas existem...

T@CITO/XANADU

Paulo Tácito
Enviado por Paulo Tácito em 24/06/2020
Código do texto: T6986613
Classificação de conteúdo: seguro