DIÁLOGO POÉTICO
“A cor do riso é doida, e o homem tenta repetir-la en sus labios”
ELA: Nunca, na minha alma,
Fora tão grande o meu amor,
fora tão grande o meu suplício...
Mas agora eu te vejo e o meu tempo
da tristeza não existe,
pois o tempo não existe quando eu
contemplo o meu amor.
ELE: Fala no meu rosto, como a brisa
da praia numa tarde de verão, mais
doce que à tarde numa praia, de ilhas
e de quilhas, o teu semblante, quando
falas-me contra o rosto desse país
para onde levas o meu rosto, desse país
que desenhas no meu rosto com
o sopro em febre de tua boca
e o perfume dos vinhos.
ELA: No quarto que preparei para esta noite,
uma janela para o mar da tarde,
as gaivotas sobre o mar da tarde.
ELE: Dorme amada minha, dorme, porque o
amor é mais forte do que o tempo
e menos longo do que um bando de aves!!!
Gosto de imaginar que tais coisas existem...
T@CITO/XANADU