NAS ESTRADAS PELAS QUAIS EU ANDEI

NAS ESTRADAS PELAS QUAIS EU ANDEI

Desde muito fedelho,
Que nem o coração tinha ritmo,
E foram muitos os gritos,
Que vi diante do espelho.

E lá se foram os janeiros,
Cruzando todos os meses,
E mesmo entre os fregueses,
Era o cobrador sem sombreiros.

E aí ganhei as estradas,
Pelas quais corri ou andei,
Pois estavam sempre abertas,
Sem ter limites pra um Rei.

Mas não foi pelas frestas,
Mas criando os meus percursos,
que entre trancos e sustos,
Fui sofredor, hoje eu sei.

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Publicada no Facebook em 10/11/2019