O Álbum Azul

Dos respingos de alegria à plenitude do âmago

De uma tarde tão vazia aos sorrisos afluentes

À entrada do latíbulo, quinze raras divindades

A sapiência e o júbilo com traços resilientes.

Do absoluto caos à complexidade de um refúgio

Intenso como Naos, a esperança e amor salvos

Um labirinto intrincado, com três cores fundidas

Oceano em noite calma, nuvens e pássaros alvos.

Dos percursos antes vãos a confiáveis estradas

Na sonoridade dos refrãos, o nascer do novo mundo

Na quietude da consciência, tua voz transcendental

E o transpor do impossível sobre um solo fecundo.

Das fugas por frias portas a aparições veementes

Nas inconsistentes rotas, o alívio de meu suplício

Numa gélida alvorada, a viagem a velhos recantos

O amor em sua essência, a anos-luz do precipício.

22-09-2019 domingo às 16h56min