Para Sempre

Dos encantos e primores à nostalgia

Do vazio em suas cores à beleza pura

No círculo espelhado há quinze deusas

Movimentos avessos a minha clausura.

Dos traços escuros o mistério da espera

Sem grandes muros a chegada da alvura

O corpo presente e a mão que demarca

Para sempre nas almas a sua brandura.

Dos fundos do quadro o olhar confiante

O nome ao lado da imponente figura

Os riscos abaixo do vermelho e amarelo

A simetria perfeita em toda a estrutura.

Dos mergulhos diários à atenção do dizer

À margem dos calvários sem a armadura

Em cada frase escrita o esmero do tempo

Há amor, há paixão, há tristeza e há cura.

12/09/19 quinta-feira às 17h:15min