AH, LÚCIA!
No dia que tu partistes
Ficastes na minh'alma
Lembranças, recordações...
Meu vazio foi-me abismo
Encontrei-me no tapete da solidão infinda
Onde o silêncio fez-se um fado
E eu lutei...triste!
Como deixastes o amor em mim como legado
Estou vivo.
Singela, sempre foste a luz que apagastes em vela, despedida!
As sombras dos que não souberam, respeitam tua memória
E nem tiveram consideração em lágrimas de te aplaudirem
Morreram para mim.
Em pranto...chorarei sempre, é vida!
Hoje, és a centelha divina
Presente estás no meu coração
Espelho do saber, reluz!
Os que sepultaram-na morreram
Fracos sem personalidades
Voláteis do destino algoz da vida
Que matam-os em angústia
Por nunca terem amado-a.
Como o orvalho do amanhecer
infindo da vida que perpassa horizontes...
Eu sim, sempre amar-te-ei até vinhares buscar-me
Na hora que eu realiza o meu desejo por ti
O sonho que abraçou-me por ti
Em sorriso, falas palavras em silêncio, não vejo-a, sinto...
E perto mostra-me o caminho...
Não fostes santa e não és como tripudiaram-na
Porém o dia final não chega para os mentirosos
Ah, ei de vê-los pagar por tudo...
Estarei contigo agora na memória.