Nasce um rabiscador
Quando criança,
Bastava um livro, eu abrir,
Para um novo mundo
se maravilhar
Fazia das páginas,
Uma janela;
Fazia de meus olhos,
Um pincel,
E, das letras sua aquarela
Pintando nas páginas
De minha mente,
Paisagens belas
Fartei-me,
Em tantos banquetes
Com reis, e príncipes
Travei grandes batalhas,
Por mar ou terra;
Vi a poesia vencer,
E, acabar com guerras
A espada,
ser vencida pela pena
Resolvi, junto
A Sherlock Holmes,
Grandes dilemas...
Viajei, nas asas
Do corvo de Poe,
E, em uma breve
História do tempo.
Conheci o universo,
E, chorei por cem anos de solidão,
Como um alquimista alienado
Tudo isso,
Dentro do meu quarto;
Eu, e uma pilha de livros,
Uma escrivaninha,
Onde, comecei
também a rabiscar
Algumas linhas,
No silêncio dos inocentes
Diverti-me, com o alfabeto
Foi aí, que resolvi,
Ser, rabiscador,
Ou escritor;
Pois queria,
mais que ler,
Então minhas,
Janelas a escrever
Comecei.