DESPEDIDA (Mãe)
Hoje acordei com a tua ausência em mim. Não mais abraços, não mais beijos, nem mais bolo de milho, de aipim, canjica, pamonha.
Não mais elogios a mim, não mais teu toque e teu abraço de guarda e proteção não mais tua voz a dizer-me: Deus te abençoe meu filho.
Hoje, somente a saudade veio me visitar, e o sopro leve do vento, trouxe-me teu cheiro que somente eu senti e o eco da tua voz imaginária a me dizer: Não chore, eu estarei sempre aqui.
Não... a minha mãe não estará mais aqui, meu choro ecoa gritando seu nome e minha lágrima fere de saudades a minha garganta que suplica em tristeza a sua volta.
Volta essa, que não mais terei riso esse que jamais verei voz macia esta, que jamais escutarei a não ser em meus sonhos banhados de saudades, tristeza e muita dor pela separação das nossas vidas, mas jamais das nossas almas.
Perdoe-me a fraqueza do choro, o não controlar das lágrimas minha mãe, mas a tua presença ainda está em mim, como se penteando meus cabelos, amarrando meus sapatos, preparando meu lanche e me dizendo: VÁ, PRA NÃO CHEGAR ATRASADO.
O caminho da minha escola hoje, é regado de lembrança e saudade, cresci com o coração apertado e tive que caminhar sozinho, tendo tua companhia, apenas no meu pensamento, lembrando das tuas orações e dos teus pedidos a Deus para me guiar.
Mãe, hoje, o que mais pulsa em mim, é a certeza da Despedida, que só tem uma vantagem: ELA NUNCA ME DEIXA EU TE ESQUECER.