PENUMBRAS
Trago nas vísceras as lembranças mais queridas
Das minhas letras pensantes nos momentos vividos,
Em que a plena paz insurgia e os amores afloravam
E hoje, entre penumbras tristes,
Os meus olhos taciturnos já não possuem mais lágrimas.
Revestindo a cada dia
Das palavras que palpitam em minhas entranhas,
Vou seguindo a minha sina
Entre veredas tristonhas!
As indagações são tantas...
O meu futuro é incerto, atemoriza!
Já não procuro ocultar o meu viver de fantasias
Em que as ilusões do ocaso
Transformaram os meus sonhos
Na incógnita do meu mundo
E minhas inspirações inebriam
As tardes azuis do outono.