Os tropeiros
O vai e vem do forte sertanejo
Cortando serras e planícies
Seguindo o tropeiro o seu roteiro
Tangendo em fileira os muares
Levando nas bruacas a riqueza
Produzida no seio do sertão
Carne de sol, requeijão e banha
Voltando e suprindo este chão
Dias de insônia, perigos e desafios
Rodeados por índios e cangaço
Atravessando morros, vales e rios
Vencendo o tédio, a dor e o cansaço
Geme o valente matuto
Saudades amargando o coração
Tempo distante do recanto
Enfrentando sol, chuvas e trovão
Antonio Barbosa, o grande tropeiro
Avistando distante o vilarejo
Grita alegre ao seu companheiro
Avante com a tropa meu parceiro
Chegava o momento do pouso
Curta convivência com a família
Troca de mercadoria no largo
Uma nova jornada acontecia
Assim era o nosso transporte
Hoje feito por caminhoneiros
Na boleia, homens fortes
Nos ginetes, valentes tropeiros
Assim era lida desses cidadãos
Levando e trazendo mantimentos
Fazendo a única integração
Lençóis do Rio Verde e outros centros
Na memória dos velhos companheiros
O feito dos antigos tropeiros das gerais
Não esqueçamos os grandes pioneiros
Feitores dos grandes laços comerciais