Nostalgia

À beira-mar sinto o gosto da infância

que brota dos pés e me salta aos olhos.

As areias sujam os pés com pedaços de vida,

as lembranças são tão fugazes e tão eternas.

Debaixo dos sonhos, das árvores,

olhando o céu e o mar, descubro:

que estar vivo, é por vezes, estar só.

O rumo do poeta é sempre o mar,

infindável e infinito,

que fica sempre a beira do caminho

do que fomos e nos tornamos.

E vai, então, a saudade,

dissolvendo-se no oceano, diluindo-se.

Então, me permito dançar

E me atirar, embebida em nostalgia, no mar.

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SAIBA MAIS:

Poema do livro "Ah!Mar Itajaí/ Amanda Bonatti- Blumenau: editora Nova Letra, 2013.

BLOG da autora: http://amandabonatti.blogspot.com.br/

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