NO MUNDO VIRTUAL

A máquina de escrever de outrora

Hoje repousa num canto qualquer, esquecida.

Tudo, outrora, tão caro e prestimoso

Tornaram-se as razões nefastas

Do meu pranto lacrimoso!

Os modernos computadores

São úteis, é bem verdade,

Mas as teclas gélidas, sem graça,

São análogas aos meus pés desnudos

Quando deixam rastilhos em folhas mortas!

O rato mouse em movimentos contínuos

Não traduz as verdades tácitas

Do meu sentir introspecto,e, por vezes,

Poéticas, sonhadas e coloridas.

Tudo o que esculpi em sonhos

No diário e em cadernos

São trazidos pelas minhas mãos vazias

Ao teclado um tanto sem graça

Onde ouço sem encanto os meus toques de elegia.

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 28/12/2013
Código do texto: T4628619
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.