LEMBRANÇAS DO SERTÃO
Deixei o meu sertão para trás
Com marcas de espinho de mandacaru,
Não foi pela dor não,
Foi por encalço dos coronéis
Que vim parar no sul.
Deixei o meu sertão com saudade
De tudo que tinha lá,
Foi um desejo de liberdade
Que me moveu para cá.
Deixei o meu sertão por um sonho
Que não tinha como ajustar,
Não foi um desejo medonho
Por que tinha como controlar.
Deixei o meu sertão quente,
Por que não tinha como assoprar.
Nos olhos uma vertente
Por onde um dia poderia voltar.
Deixei o meu sertão quase deserto
De pessoas, pão e água,
Não sabia bem ao certo,
Mas não tinha mágoa.
Deixei o meu sertão,
Mas meu sertão não saiu de mim,
Estava aportado em minha alma
Com a única razão
De me fazer lembrar assim.
Deixei o meu sertão para trás
Com marcas de espinho de mandacaru,
Não foi pela dor não,
Foi por encalço dos coronéis
Que vim parar no sul.
Deixei o meu sertão com saudade
De tudo que tinha lá,
Foi um desejo de liberdade
Que me moveu para cá.
Deixei o meu sertão por um sonho
Que não tinha como ajustar,
Não foi um desejo medonho
Por que tinha como controlar.
Deixei o meu sertão quente,
Por que não tinha como assoprar.
Nos olhos uma vertente
Por onde um dia poderia voltar.
Deixei o meu sertão quase deserto
De pessoas, pão e água,
Não sabia bem ao certo,
Mas não tinha mágoa.
Deixei o meu sertão,
Mas meu sertão não saiu de mim,
Estava aportado em minha alma
Com a única razão
De me fazer lembrar assim.