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O limite do mar é o mesmo,
não houve redemoinho.
O hotel ainda está ali - é divertido ver a algazarra com que os hóspedes
desfilam para o público no palco. E é também
triste como os que assistem se esforçam por notarem suas bocas
[invisíveis.
À meia-noite o Reizinho fecha as suas portas
para um baile de carnaval... - incerteza precisa.
Assim o é a ausência do artista recordando alguém
[cantando!!!
Um bolero? Uma música de Roberto?:
"Quero que você me aqueça nesse inverno..."
de Caetano?: "Caminhando contra o vento..."
Não, é só a cantiga de um fã
que se recusou a deixar o quarto 366
do 3º andar, com vista para a piscina suja,
[agonizante, o poente dos suicidas!
Os resíduos de cerveja, coca-cola, salgadinhos
são os versos esquecidos que a orquestra não quis concluir...
E o ritmo musical se esvai na penumbra da noite...
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O corpete lustroso! Envolvente!...
Gemendo como sua dona, açoita a íris
[que contempla a maré.
* Vencedor do Concurso de poesias da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014, promovido pelo Núcleo de Arte e Cultura e pela Pró-Reitoria Estudantil.