QUANDO CRIANÇA, GOSTAVA DE OLHAR O CÉU – Parte 1
Quando criança, gostava de olhar o céu e imaginar as nuvens se transformando em desenhos, em imagens, em personagens nunca reais, nunca palpáveis, inatingíveis, mutantes, era a minha fantasia, era o meu mundinho particular.
Quando criança, gostava de olhar o céu para me sentir como uma estrela brilhante, pra ser uma estrela iluminando a imensidão de um céu infinitamente peculiar; para ser lembrada, para ser querida, para ser pra sempre, amada.
Quando criança, gostava de olhar o céu e pedir um irmãozinho para eu brincar, para eu cuidar, para eu amar. Para me ensinar a ser humilde, espontânea, de riso leve, simples, sem medo de nada, sem carregar culpas, nem pesos.
Quando criança, gostava de olhar o céu e me imaginar com super poderes para acabar com a fome, com as guerras, com as misérias, com a sede de se ter desejos destruidores, inconcebíveis de ganância e arrogância, do poder pelo poder.
Quando criança, gostava de olhar o céu para lembrar quão pequena eu era e sou e, quão infinitos são os seus mistérios nunca confiáveis a mim, uma menina aprendiz na eterna e incansável busca pela tão sonhada, felicidade...