Onomatópose

Naquela porteira

Espreita o menino

Ao oblívio indefeso

Absorto sem tino

Sem culpa sem medo

Ali conservado

Descobre a si próprio

Perante a vasteza

Aquém dos capões

Das grotas e outeiros

Descobre os currais

Maiores ao alcance

Perdido em cerrados

Uníloquo estar

Senão por desgosto

De sua valia

Quiçá não soubesse

Ou à resistência

Da verve indomada

Sozinho e soturno

(Imagem eqüeva

De irmão Miguilim?)

Que seus pais o amassem

Acima de tudo!

Agora ele entende

Lá onde estiver

Jamais ficará

À sorte esquecido...

Mário Neto
Enviado por Mário Neto em 11/07/2011
Reeditado em 11/07/2011
Código do texto: T3087854
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