Canção


Ressoa agora,
tão belo como outrora.
Sua cantiga de moço,
feita sem esboço.
Que um dia li,
e também aprendi,
a cantar sem medo,
a cantar sem enredo,
a cantar por cantar.
Ressoa fulminante
sua canção distante,
ainda sobre encanto,
como o que de profano.
Onde eu me embaraço,
mas logo me refaço,
e me ponho a dançar.
Ressoa calmamente 
sua canção envolvente.
Talvez a ultima,
aos ouvidos da súdita.
Talvez a primeira,
aos ouvidos da princesa.
Que por si só passa a tocar.
Ressoa e acaba,
a canção imaginada,
que te fiz criar.
Hoje, a saudade invade,
e ainda não é tarde,
para se fazer,
uma canção para você.
 

 

FLÁVIA PINHEIRO
Enviado por FLÁVIA PINHEIRO em 21/03/2011
Reeditado em 16/07/2022
Código do texto: T2861491
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