Ali, na varanda da minha casa,ao anoitecer,depois que
os
olhos passavam sobre as ruas,sobre as casas, sobre
semáforos e alcançavam as montanhas.
Ali eu me materializava e sentia a liberdade como algo
tangível, como um cobertor, que me envolve, aquece e
protege.
Ali eu sentia a liberdade,mas não me sentia livre.
Não livre dos meus medos
Não livre das minhas responsabilidades
Dos meu sonhos
Dos meus pesares
Dos meus acessos de nostalgia.
Eu estava presa,
Infinitamente presa.
e descobri meu vicio,
Ali, ainda em vida
Descobri meu maior vicio
Como sendo a poesia.
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