RESGATAR UM POUCO DA EUROPA

Em meu divagar, por essa Europa,

dizer, que fome passei, mas que

também vi monumentos grandiosos,

nascidos das mãos, de seus Mestres.

Lindos rios, com barcos, de recreio,

levando os turistas, enquanto eu,

em sítio ameno, procurava o silêncio,

eram singeleza, para os meus olhos.

Justo serei, que, nem todos os povos,

se cingiam ao preconceito, tão pouco,

à xenofobia, dirigindo-se a mim, com

respeito, dando-me comida, dinheiro.

Meu encanto maior, era perder-me, a

meio de jardins, belas esculturas, que

faziam, de qualquer cidade, com seus

repuxos de água, líricas obras de arte.

Sentir o sol no corpo, assemelhava-se

a um grande bem-estar, vendo ruas

cheias de gente, e, usufruindo rotinas,

respeitosamente, doando meu sorriso.

A nenhum negava cumprimento, fosse

qual fosse, a língua, do país em causa…

E assim foi que algumas amizades criei,

naturalmente, decifrando hieróglifos.

E subindo montes, visitando planícies

e castelos, belos cavalos, povoavam

verde espaço, e, já eu, escutando rios

através da rude selva, buscava-os.

De tudo, vi um pouco, desde cidades

a florestas; conhecendo pessoas, que,

em ambos os sítios, nada me negaram,

como beber leite, acabado de colher.

Incapaz entanto, de estar muito tempo,

num único país, de correr estradas, era

minha vida, e, logo, mochila nas costas,

à boleia, fazia caminho, de novas terras.

Jorge Humberto

15/02/09

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 16/02/2009
Código do texto: T1442370
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