O PRIMEIRO AMOR DE MOLEQUE

Ela era tão linda

Que acelerava meu coração.

Todas as vezes que eu a via

Eu ficava sem reação.

Seu cabelo tinha um cheiro de Buriti

E quando o vento soprava

Encantavam todos que estavam ali...

Nas tardes divertidas

Eu tentava ser o melhor nas brincadeiras

No tacobol, gemerson, queimada

Manja-pega, peteca e barra-bandeira.

Uma estratégia de menino

Tentando sempre surpreendê-la

Parecendo cenas de um filme

Tentando apaixoná-la.

E nas festas Juninas

No campo da Colônia

Ela dançava Boi-Bumbá

Toda faceira e risonha.

Meus olhos brilhavam

Hipnotizados por seu gingado

E eu imaginava

Envelhecendo ao seu lado.

Até que um certo dia

Ela apareceu com um outro alguém

Aquilo partiu meu coração

Como se fosse esmagado por um trem.

O primeiro Amor de Moleque

A gente nunca esquece...

Passe o tempo que passar

A memória sempre aquece.

Jonathas Oliveira
Enviado por Jonathas Oliveira em 18/05/2020
Reeditado em 26/03/2021
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