O REI DO CANGAPÉ
O Rei do Cangapé
O moleque joga o cangapé
Ele sabe como é que se faz
Para não acertar o pé.
O Curumim é danado
Tanto que sabe da manha
Para não sair com o pé furado
Risca o Caminho
Finca no chão
Cerca o inimigo
Com emoção!
Arremessa sorrindo
Joga dançando
Zomba dos amigos
Sempre brincando
Ele joga “invocado”
A gente pensa que está errado
Todavia o cangapé
Acaba caindo em pé...
Esse moleque é gana
Tanto que já tem fama
Ele nunca perde a vez
Sou um eterno freguês
Certo dia ele foi encurralado
Uma única saída, tão estreita
Pegou seu cangapé e concentrado
Acertou na saída com sutileza!
Todos aplaudiram de pé
O inesquecível rei do cangapé.
(Jonathas Oliveira, do livro Céu de Pipas)