Maria Fumaça

A Maria Fumaça

deixou a estação,

apitando e cuspindo

fumaça e carvão.

Ganhou força,

disparou

e pelos trilhos

deslizou.

Cruzou a várzea,

rapidamente

e apitou,

bem estridente.

A ponte suspensa

atravessou

e o riacho

pra trás deixou.

Cortou o vale,

velozmente,

esfumaçando

o sol poente.

Enfim chegou

à nova estação,

fumegando

que nem fogão.

Estacionou

impetuosa,

com sua sirene

escandalosa.

Se esvaziou,

lotou a seguir,

seguiu viagem

a se esbaforir.

Seu apito estridente,

de novo se ouviu

e entre as montanhas

depressa sumiu...

Aleki Zalex
Enviado por Aleki Zalex em 26/10/2010
Reeditado em 12/12/2010
Código do texto: T2579181
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