A Formiga Milionária

Vivia num formoso formigueiro,

Tinha a seu dispor exércitos defensores,

Sobrava-lhe guerrilheiros,

Esnobava seus amores.

Subia aos aposentos quando queria,

Descia para ordenar novos pratos,

Corriam satisfazê-la na alegria,

Evitavam comentar maus fatos.

Seu mundo era perfeito e seguro,

Sua alegria permanente,

Botava seus ovos com auguro,

De nascer seus descendentes.

Nada lhe perturbava no sono ou despertada,

Zombava de sua posição destacada,

Temiam sua presença as operarias,

Que obedeciam subordinadas.

Num dia de primavera, escutaram aflitas,

As operarias correndo apavoradas,

Para dentro da casa segura,

La fora a chuva, enxurradas.

Água entrando por todo lado.

Escoando pela saída projetada,

Parou a chuva, veio o homem,

Destruindo tudo com a enxada.

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ANEZIO
Enviado por ANEZIO em 26/08/2010
Reeditado em 04/01/2011
Código do texto: T2461656