Silêncio...

“Por muito tempo, me calei, estive em silêncio e me contive; mas, agora, darei gritos como a que está de parto...” (Is. 42.14 RC)

Calei-me por muito tempo.

Esperando estrelas cintilantes,

Esperando por raios brilhantes,

Esperando a sorte do vento.

Esperei por um sol mais forte.

Esperei pela branca lua,

Esperei a ajuda tua,

Como o Reino do Norte.

Esperei por um céu azul.

Esperei por manhãs amenas,

Esperei por noites serenas,

Como o Reino do Sul.

Esperei como um servo crente.

Mas não ouvistes o meu lamento,

Não me acudistes no meu tormento,

Estivestes todo tempo silente.

Mas, eis que não me contenho agora!

Eis que grito a minha dor!

Acode-me Senhor!

Pois já chegou a hora.

A hora de ouvir meu grito.

Como salvastes o Sul e o Norte,

Tire esses laços de morte!

Quebre o silêncio infinito..!

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Em: As Horas...Santa Izabel do Pará.

Wellington Varjão Poeta
Enviado por Wellington Varjão Poeta em 23/02/2012
Código do texto: T3515519
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