Não entendo

Não entendo

O porquê me amas,

Olhas e chamas,

E junto a ti meu peito inflama.

Não entendo.

Perdoas à prostituta.

Não condenas a adúltera.

Ceias com os fariseus.

E, come na casa de Zaqueu.

Não entendo.

Chamas o ladrão.

Elogias o pagão.

Conversas com a pecadora pública.

Freqüenta a casa dos publicanos.

Não brigas com teus assassinos.

E tratas como amigo quem se revela teu inimigo.

Não entendo.

Aprisionar te deixas e não reclamas

Entrega tua vida por quem não te ama.

De fato, não entendo:

O teu amar sem o merecer;

O teu nada exigir para ser;

O teu fazer por fazer;

A gratuidade como teu jeito de ser.

O que vistes em mim?

Por que me tratas assim?

Eu não entendo...

“Ainda que não entendas,

Vá e faze o mesmo!

Quando tu fores em mim,

Tu compreenderás porque Eu Sou assim.”

Frei Michel da Cruz
Enviado por Frei Michel da Cruz em 26/12/2010
Código do texto: T2692834
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