Não entendo
Não entendo
O porquê me amas,
Olhas e chamas,
E junto a ti meu peito inflama.
Não entendo.
Perdoas à prostituta.
Não condenas a adúltera.
Ceias com os fariseus.
E, come na casa de Zaqueu.
Não entendo.
Chamas o ladrão.
Elogias o pagão.
Conversas com a pecadora pública.
Freqüenta a casa dos publicanos.
Não brigas com teus assassinos.
E tratas como amigo quem se revela teu inimigo.
Não entendo.
Aprisionar te deixas e não reclamas
Entrega tua vida por quem não te ama.
De fato, não entendo:
O teu amar sem o merecer;
O teu nada exigir para ser;
O teu fazer por fazer;
A gratuidade como teu jeito de ser.
O que vistes em mim?
Por que me tratas assim?
Eu não entendo...
“Ainda que não entendas,
Vá e faze o mesmo!
Quando tu fores em mim,
Tu compreenderás porque Eu Sou assim.”