O Bem da Graça
Meu sorriso é indiferente,
Nasça azul ou nasça agreste.
Sou alegre, sou fremente,
Que o meu sestro isso ateste.
Meu sorriso não será
Tão somente ausentes trevas,
Ele em mim se mostrará
Emanando luz, deveras.
Ínfimo primor terei!
Último serei, portanto.
Seja eu um servo santo e
Lâmpada me seja a lei.
Inda florescer não venha
Árvores, figueiras, vide,
Tudo que foi bom retenha-se;
Onde for, alegre ide.
Caminhando nesta luz,
Eu me rendo ao bem da graça
Que me trouxe aquela cruz:
Via santa à toda raça.
Exultai, vós, povos todos...
O castigo, o preço pago.
Alegria... limpos somos...
Doce ao um preço tão amargo.
//A métrica está certa... Me vali de recurso de elisão entre dois versos.