Da Ira
Sem paz se comprime a alma
Num sentimento tão humílimo,
Saboreando o insípido, suprimida calma,
Aferrando, espasmo, o sentimento ao mínimo.
Tão distante da augusta indignação
Que trás consigo o latente amor...
Oh, Pai! Que por Tua misericórdia e compaixão
Me prive deste ferino desamor.
Mas que pela mesma compaixão e misericórdia
Jamais me prive da Tua dúlcida correção,
Para que quando me haja de maneira sórdida,
Os vergões e feridas sejam marcas de purificação.
E eis que já meu ser é grato,
Pois onde outrora houve injustiça,
A Tua vara e o Teu cajado
Vieram, enfim, produzir justiça.
E com efeito, cultiva após
Profunda paz e mansidão,
Trucidando o sentimento atroz,
Levando e elevando a resignação.