Esperar

Em silêncio, no meio da tormenta,

Inda no vale da sombra da morte

Que num lodaçal de terror rebenta,

Esperarei... de fraco serei forte.

Olhos, cuja cegueira ilumina,

Na solidão e na certa incerteza,

A vereda do coração, ferina,

Que percorrerei com maior destreza.

Eu esperei e espero ainda,

Pois sei que um sonho assim não se finda,

Mesmo que pareça, não acabou.

Mesmo minha esperança é tolida,

Se esperar em Cristo só nesta vida...

E o mais miserável dos homens sou.

Edmond Conrado de Albuquerque
Enviado por Edmond Conrado de Albuquerque em 01/11/2009
Reeditado em 06/11/2009
Código do texto: T1899109
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