Cigana

Não há nada demais

Em ser uma cigana

Sou mulher como as demais

Mas a mentira não me engana

Enfeito meu cabelo com jasmim

Que colho no campo

Lavo meu cabelo com alecrim

E as flores prendo com um grampo

O melhor presente para mim

È uma saia rodada

De preferência de cetim

Mas se for outro não me importo nada

Gosto de dançar e ser aplaudida

Olhares,gestos e sorrisos

E não posso esquecer da comida

Que repõem todo o prejuízo

Medo, não tenho de nada

Sou forte como um furacão

Mas as vezes no silêncio da noite

Tenho medo da solidão

Tenho um cavalo branco

Que se chama Ananais

De uma perna ele é manco

Mas é esperto demais

Vou terminar por aqui

A narração desta cigana

Pois daí já parti

E do meu espírito luz emana.

YARITSA

psicografada por mim em 07.05.2004

Jade Camargo
Enviado por Jade Camargo em 23/04/2008
Código do texto: T957916