Cigana
Não há nada demais
Em ser uma cigana
Sou mulher como as demais
Mas a mentira não me engana
Enfeito meu cabelo com jasmim
Que colho no campo
Lavo meu cabelo com alecrim
E as flores prendo com um grampo
O melhor presente para mim
È uma saia rodada
De preferência de cetim
Mas se for outro não me importo nada
Gosto de dançar e ser aplaudida
Olhares,gestos e sorrisos
E não posso esquecer da comida
Que repõem todo o prejuízo
Medo, não tenho de nada
Sou forte como um furacão
Mas as vezes no silêncio da noite
Tenho medo da solidão
Tenho um cavalo branco
Que se chama Ananais
De uma perna ele é manco
Mas é esperto demais
Vou terminar por aqui
A narração desta cigana
Pois daí já parti
E do meu espírito luz emana.
YARITSA
psicografada por mim em 07.05.2004