Obsessão.
Eu sou o teu teto de zinco em brasa,
A queimar o teu lar, tua casa,
A tirar-te, de vez, teu juízo…
Eu sou a lava cruel que arrasa,
Que por todos os lados vaza,
Na vil forma de agir, sou preciso…
———
Eu sou a férvida areia do teu deserto,
Eu sou o sol, de ti, cada vez mais perto,
Sou o bafo ardente de tuas prés tempestades…
Eu sou o teu caminhar incerto,
O teu coração de ilusão encoberto,
Eu te domino, no lamaçal das inverdades…
———
Eu inviabilizo os teus adiantamentos,
Sou um composto de maus elementos,
Eu protagonizo tuas desídias e sonhos maus…
Sou, porém, teu necessário alimento,
Mas não te liberto, por um só momento,
Enfim, sou tua vida renhida, na rota do caos.