SONETO DO OLHAR
Quem é que aí está a olhar?
Quem à porta da alma está a bater?
O que meus olhos podem me dizer?
Quem em mim está a se expressar?
Oh meu Senhor,
Quando em cegueira eu não te ver,
Revele-se em meu Ser,
E aparta-me de mim, por favor.
E quando meu verbo não for Tua expressão,
Silencie minha voz,
E deixe-me falar o coração.
E quando em mim rugir o meu ato mais feroz,
Cante em mim a tua canção,
Recolha-me em Teu manto e seja o meu porta-voz.
Gratidão!