A sanha pelo perdão.

 

Nada entre o céu e o mar,

Nada entre a Terra e o firmamento,

Vai conseguir nos subjugar, 

Nos controlando os pensamentos.

 

Nada nos fará de vez calar,

Nada nos fará viver em lamentos,

Somos livres, bem livres a planar,

Com as asas de quereres sedentos.

 

Tudo está a nos favorecer,

Nesse alçar de voo supremo,

E se há algo que nos faça descer,

Na mansidão, enfim, pousaremos. 

 

E sobrevoamos esse mundo sombrio,

Mal governado, por más consciências,

De corações insensíveis e vazios,

Onde impera flagrantes demências.

 

Na fé galgamos os pedágios das eras,

Gratuitamente, a enfrentar provações, 

E assim nos livramos do que nos faz feras,

E alcançamos o altar dos perdões.