ATRÁS DA CORTINA

No quarto escuro nada enxergava,

No escuro tudo se formava.

Ali no escuro eu perguntava “o que vejo?”

No escuro se aproveitava o malfazejo.

Ali minha mente me titubeava,

E o aflorar do sentimento tirou-me a visão.

Já não sabia o que me guiava.

E perdida me vi em meio a escuridão.

Daquele quarto escuro queria escapar,

Pois tortuosa era a sensação,

Naquele quarto por muito tempo fiquei a me torturar,

Naquele quarto, rendia-me ao ego e a submissão.

Ali por muito tempo fiquei,

Mas em meio aquelas sombras nunca quis estar.

Então à Águia desabafei,

E ela a visão pode me dar.

Foi então que uma cortina ali eu pude avistar,

E quando a abri, meus olhos puderam vê a Beleza.

Tamanha era a imensidão que não há como calcular,

Em meio a essa imensidão, lá estava a Gardênia radiando no jardim de minha Natureza.

Gratidão!

Débora Ananda
Enviado por Débora Ananda em 05/03/2023
Código do texto: T7733370
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