ATRÁS DA CORTINA
No quarto escuro nada enxergava,
No escuro tudo se formava.
Ali no escuro eu perguntava “o que vejo?”
No escuro se aproveitava o malfazejo.
Ali minha mente me titubeava,
E o aflorar do sentimento tirou-me a visão.
Já não sabia o que me guiava.
E perdida me vi em meio a escuridão.
Daquele quarto escuro queria escapar,
Pois tortuosa era a sensação,
Naquele quarto por muito tempo fiquei a me torturar,
Naquele quarto, rendia-me ao ego e a submissão.
Ali por muito tempo fiquei,
Mas em meio aquelas sombras nunca quis estar.
Então à Águia desabafei,
E ela a visão pode me dar.
Foi então que uma cortina ali eu pude avistar,
E quando a abri, meus olhos puderam vê a Beleza.
Tamanha era a imensidão que não há como calcular,
Em meio a essa imensidão, lá estava a Gardênia radiando no jardim de minha Natureza.
Gratidão!